domingo, 26 de abril de 2020

Chico Pôrto


FRANCISCO DE QUEIROZ PORTO era natural do Ereré, município de Pereiro (Ceará), nascido em 14 de fevereiro de 1909, filho de Antonio Florentino de Queiroz e de Maria Porto de Queiroz.

          Passou a residir  na cidade de Mossoró, no RN,  em julho de 1921 para estudar, residindo na casa do tio Manoel Martins Porto, que ficava ao lado da igreja de São Vicente, chegando muitas vezes a comentar que carregou tijolos na construção da igreja.

           Com ajuda do seu tio ingressou em 1925 na S/A Mercantil Tertuliano Fernandes, empresa que  comprava e beneficiava o algodão. Na empresa foi contínuo, balconista, viajante comercial, chefe de seção de compras, supervisor das agências do interior e Gerente Comercial, função na qual se aposentou com mais de 40 (quarenta) anos de trabalho diário.          
           Casou-se pela primeira vez com Maria Alice Maia Porto de cujo matrimônio não nasceram filhos. Em segunda núpcias casou-se com Maria do Carmo Fernandes Porto, deixando três filhos: Carmen Fernandes Porto Jales, Francisco de Queiroz Porto Filho e Marcos Fernandes Porto.
            Era um incansável defensor da escolaridade do progresso educacional das pessoas, é tanto que ajudou na formação de sobrinhos e filhos de amigos. Ouvimos sempre relatos sobre seus grandiosos feitos nas áreas da saúde, educação e principalmente sobre sua grande generosidade para com as classes menos favorecidas.
            Em Mossoró foi combatente do bando de Lampião, ficando na Trincheira da firma S/A Mercantil Tertuliano Fernandes, também foi sócio fundador do Rotary Clube de Mossoró. No dia 15 de junho de 1954 comprou um terreno com 77 braças de frente, por 507 de fundos, o qual perfazia uma área de quase 400 mil metros denominando-o de sítio Nova Betânia. No dia 05 de novembro de 1964 resolveu fazer deste sítio um loteamento com 390 lotes, já pensando no futuro da cidade, pois o mesmo tinha visão futurista, sendo hoje assim o bairro Nova Betânia.
             Foi proprietário rural e com seu jeito carismático foi prefeito por duas vezes na cidade de Taboleiro Grande-RN. Elegeu-se a primeira vez no pleito de 24 de janeiro de 1965, sendo senhor companheiro de chapa o senhor Francisco Alves de Souza, tomando  posse em 31 de janeiro daquele mesmo ano. Eleito a segunda vez nas eleições de 15 de novembro de 1976, tendo Maria Pinheiro de Paiva, como sua vice-prefeita. Empossado em 31 de janeiro de 1977 e administrando até 31 de janeiro de 1983. Fazendo sempre caridade, ajudava a todos, especialmente aqueles que chegavam doentes em busca de melhoras para a saúde.

Nos seus 78 anos de vida foi sempre ligado ao Ereré, sua pequenina terra dos sertões cearense. Sempre em contato com seu tio Cleodato Porto, que era líder político da localidade, lutaram pelo seu engrandecimento. Em 1950 como intermediário do seu tio, conseguiu que fosse construída a Escola Pública Fernandes Távora, sendo na época governador do Estado do Ceará o Sr. Virgílio Távora e como senador o seu pai Sr. Manoel do Nascimento Fernandes Távora. Conseguindo também a Agência de Correios e Telégrafos.

Como escreveram seus amigos o historiador Raimundo Nonato que com eloquência escreveu sobre a sua vida deu o título de “A despedida de Chico Porto” – Tombou o Jequitibá do Ereré. E assim também o articulista Rafael Negreiros a seu respeito frisou: “Homem simples, sem vaidade de espécie alguma, aliou trabalho e uma tenacidade invulgar em tudo quanto aspirou na vida”. Seguiu quase a risco o conselho de Chateaubriand: “Temos a eternidade para dormir e a vida para trabalhar dia e noite”. “Dele não fica apenas a lembrança de quem nunca fez mal a ninguém na vida, fica também uma legenda, um símbolo de cidadão, de um homem que trabalhou até o cansaço extremo, uma espécie de desbravador do tempo, trabalho pelo prazer do trabalho”.

Após uma enfermidade rápida, morreu no dia 19 de março de 1987, por coincidência, dia de São José, nos deixando um exemplo de paciência e abnegação ao trabalho.


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terça-feira, 21 de abril de 2020

História do município de Taboleiro Grande/RN


SOBRE A CIDADE: 

Taboleiro Grande é uma cidade localizada na Região do Alto Oeste Potiguar no Estado do Rio Grande do Norte, a 372 quilômetros de distância da capital, Natal. Sua extensão é de aproximadamente 124 quilômetros, Seu território limita-se com São Francisco Oeste, Francisco Dantas, Itaú, Riacho da Cruz e Rodolfo Fernandes.

A economia é baseada na agricultura e comércio, o artesanato também é verificado, porém pouco recorrente. Abastecimento de água se dá pela Adutora Alto Oeste, além de contar com o açude Cajá, que tem o potencial de armazena 1x106 m3 (1 milhão de metros cúbicos) de água.
ORIGEM

O povoamento das terras que hoje fazem parte do município de Taboleiro Grande começou em meados do século XVIII. Uma enorme fazenda, pertencente ao sargento Mor Bento Fernandes de Lima, adquirida através de uma concessão chamada de “DATAS DOS MARCOS”, datada de 12 de agosto de 1733, deu origem ao então Município de Taboleiro Grande. Inicialmente era habitada somente por indígenas que cuidavam das fazendas de criação de gado, posteriormente foi unificada por Bento Fernandes, transformando-se numa grande propriedade voltada para atividades pastoris. As pessoas que aqui se instalavam sobreviviam da agricultura e pecuária de subsistência, além da pouca expressiva comercialização do que era produzido.

Conta-se que no final do século XIX, a pessoa de Raimundo Pereira de Araújo, homem do campo, honesto, sincero e humilde, mas de uma coragem que lhe parecia extrema, era das terras onde se encontra a sede do município de Tabuleiro, erguendo a primeira casa, se tornando assim, o verdadeiro fundador desta querida e amada terra.

Em 20 de janeiro de 1925, um grupo de proprietários chefiados por Celso Dantas, com a participação das seguintes pessoas: Tibúrcio Marcolino, José Joaquim de Freitas, Augusto Gomes de Paiva, Evaldo Ferreira Cavalcante, iniciaram um movimento para erguer uma capela. A união dessas pessoas religiosas, que no ano seguinte, a Capela de São Sebastião estava construída. 

O Templo religioso católico somente recebeu a benção em 20 de janeiro de 1930, pelo padre Francisco Schols, pároco da Paróquia de Nossa senhora da Conceição de Portalegre. Tratava-se de uma capelinha, já que era bastante modesta, o teto era de ramos e o piso de madeira e somente o altar era de alvenaria. Depois de benzida, uma nova campanha foi realizada, tendo a frente os senhores Celso Dantas e Adalton Gomes de Paiva. Com a finalidade de angariar recursos para a conclusão da capela, tendo em vistas que aquele humilde templo religioso não mais satisfazia a vontade dos habitantes tabuleirense-grandense. Em 1961, ocorreu a demolição da capela para uma construção mais ampla, que foi inaugurado em 18 de janeiro de 1962

Em 11 de novembro de 1953, a povoação conquistou à categoria de Distrito Administrativo, subordinado ao município de Portalegre.

Em 9 de maio de 1962, a Vila de Tabuleiro Grande deixa de pertencer a Portalegre e passou a ser uma comunidade subordinado ao município de Rodolfo Fernandes, criado pela Lei nº. 2.763. Depois de um ano e pouco, mas precisamente no dia 26 de dezembro de 1963, Taboleiro Grande conquistou sua emancipação política, através da Lei nº 3.020,  desmembrou-se de Rodolfo Fernandes e tornou-se um município norte-rio-grandense, com uma área de 110,6 quilômetros quadrados, equivalente a 0,20 por cento sobre o Estado do Rio Grande do Norte.

A cidade  foi instalada em abril de 1964, que teve como primeiro prefeito Manuel Inácio de Freitas, nomeado pelo então governador Aluízio Alves, que governou o novo município até fevereiro de 1965, quando passou o cargo para o senhor Francisco de Queiroz Porto(Chico Pôrto), primeiro prefeito constitucional, eleito em 24 de janeiro de 1965.

Uma pessoa muito importante que marcou a História de Taboleiro Grande foi o comerciante Severiano Gomes, que em conjunto com Vicente Rêgo, prefeito de Portalegre, realizou várias construções, tendo grande participação para alavancar as obras do mercado, cemitério e inclusive de uma escola municipal, tendo Evarista Cavalcante como primeira professora.

CULTURA

A cidade foi realmente atingida pela cultura no meio da década de 2000 com o surgimento de quadrilhas estilizadas que levaram o nome da cidade a diversas cidades do alto oeste potiguar, a principais cidades do RN e a capital, sem contar que levou a outros estados vizinhos, alcançando em 2006 o auge de 11º melhor quadrilha do nordeste em festival realizado na cidade de Mossoró-RN.

Já em 2010, foi a vez de abrir a década com a música, que antes era pouco utilitária, firmando apenas entre os anos de 2002 a 2005 com a criação de um grupo de flautas. Mas, dessa vez foi formado um grupo de flautas de aproximadamente 20 componentes entre eles jovens e adultos por iniciativa do vereador Vágner Rodrigues que garantiria na introdução a persuadir os jovens à cultura musical e apresentando o nome da cidade a diversas outras localidades, a Banda Filarmônica 26 de Dezembro. A primeira apresentação da Banda foi no dia 26 de Dezembro de 2010, data marcante por ser a data da emancipação do município e que leva o nome através da Banda local.

Outros eventos que marca a cultura taboleirense são as festas do padroeiro São Sebastião, o carnaval, a virada folclórica, emancipação política e vaquejadas.

FONTE: 
Prefeitura Municipal de Taboleiro Grande/RN
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Taboleiro Grande-Portal Fatos do RN

sábado, 18 de janeiro de 2020

Blog Fatos de Taboleiro Grande - Portal Fatos do RN

Seja bem vindos ao nosso blog, espaço destinado ao resgate da história e memória do povo  de Taboleiro Grande. Esperamos contar com a sua colaboração e ajuda. 

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Atenciosamente:

Francisco Veríssimo de Sousa Neto, criador-administrador do Fatos de Taboleiro Grande, integrado ao Portal Fatos do RN - portalfatosdorn.blogspot.com


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